Burnoutinho, seu amiguinho, vamos brincar? #010
Eu morri e ressuscitei nas últimas duas semanas 🫠
Olar, amigos. Retornei essa semana depois de uma mini férias (quase que obrigada) e percebi o QUANTO eu estava precisando realmente descansar, do tipo, realmente não fazer nada, apenas existir, sem produzir uma coisinha sequer.
Eu comecei 2023 com uma energia de dar inveja, e creio que isso, no fim, me prejudicou. Com tanta energia, eu só queria gastá-la, comecei o ano estudando 5, CINCO línguas, fora meus estudos referente a profissão. Em qualquer pausa eu abria o Duolingo, ouvia um podcast em inglês, treinava meu vocabulário de espanhol, via referências, lia algumas páginas de um livro, além de claro, do próprio trabalho em si (tô exausta só de ler esse trecho, vamos cochilar?).
Me senti A GATA GOSTOSA HIPER PRODUTIVA. O problema é que quando a gente chega num pico alto, a gente acha que aquele é o normal. Resultado, eu caí, minha energia acabou totalmente. Eu tava vivendo nos 10% de bateria há alguns meses, e isso me trouxe sentimentos como tristeza, decepção, desinteresse, apatia, indisposição, tudo isso no pessoal e no profissional, até por querer comparar esse momento atual com a Laís de janeiro.
Deus (e o Matheus) sabem o quanto de vezes eu quis desistir do meu negócio esse ano, abrir outra coisa, voltar pra CLT, mas a real é que eu sou ótima no que faço, eu amo fazer o que faço e, porr*, tenho o privilégio (ou a infelicidade) de trabalhar com algo que me completa, até que, deixou de me completar. E eu não tava preparada pra isso.
Enfim, isso não tem uma resolução ou dicas de como não se sentir assim, é um desabafão mesmo porque sinto que temos essa intimidade, tal qual eu tenho com a minha psi (que foi um anjo nesses dias que me senti assim). A questão é que existem as red flags, tal qual um relacionamento amoroso tóxico, você também pode ter comportamentos que são como red flags pra si mesma, por isso, atenção aos sinais.
Um insight que tive com minha psi, é que assim como pessoas, relacionamentos, nós buscamos sempre por algo que nos complete (por que de alguma maneira a gente acredita que somos incompletos???) e isso também se relaciona ao trabalho, porque colocamos ele em um pedestal que talvez não o mereça (maldito capitalismo!).
Sabe o que prova isso, o discurso que ouvimos dos boomers desde sempre: “Estuda pra ser alguém na vida”, “seja médico, advogado, arquiteta pra ser alguém na vida”; HELLO, eu sou alguém desde o momento que eu saí do útero quentinho de minha mamis. O problema é que se você me perguntar quem sou, eu vou dizer: “Lais Lumes, designer e estrategista de marcas”, porr*, nem me apresentar sem falar do meu trabalho eu consigo, e você?
Hm, Lais Lumes, divertida, dramática, impulsiva e que talvez não tenha conseguido concluir esse textão? - me parece melhor, afinal nem tudo tem conclusão. Lide com isso.
PS: Depois dessa mini férias eu tô melhor! (Achei que não ficou claro no texto 😜)